Deixa que eu te descubra, anónima paisagem, Corpo de virgem que não amo ainda! Fauno das fragas e dos horizontes, Sonho contigo sem te conhecer… Sonho contigo nua, a pertencer Ao silêncio devasso e à solidão! Num pesadelo, vejo amanhecer O sol e o vento no teu coração! E é um ciúme de Otelo que me rói! Só eu não posso acarinhar a sombra Do teu rosto velado! Só eu vivo afastado Dos teus encantos! E são tantos e tais! Que eu não posso, paisagem, Esperar mais!
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