Contente de me dar como as gaivotas[Andrade, Eugénio de, Primeiros Poemas, As Mãos e os Frutos, Os Amantes Sem Dinheiro, Assírio & Alvim, s/l, 2012, pág. 96]
bebo o Outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor
por mais que digam é perfeito como a vida.
Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou dum céu que tem gaivotas,
leve o diabo essa morte dia a dia.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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