Para não esquecer...

ESTE GOVERNO SUBSTITUIU A DEMOCRACIA PELA MANHA


Não é para melhorar as escolas, é para mostrar quem manda. O resultado é que, se houver sarilhos, é porque andaram a pedi-los,
escrevia, um dia destes, Pacheco Pereira a propósito das manhas pouco democráticas deste governo para fintar a atividade sindical contra esta teimosia de uma prova estúpida para professores.

Continua a saga dos truques: Ministério proíbe concentrações de professores em dia de prova polémica. O SPRC promete:
Em todas as escolas onde está marcada a prova vai realizar-se uma reunião sindical. Nem que seja à porta da escola. Nenhum colega deve vigiar outros colegas.
escrito por ai.valhamedeus

7 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Mário das Trupes

Muito bem dito e Apoiado
Liberdade para colegas fazerem uma prova?
Onde é que já se viu?
Até parece que estamos na Coreia do Norte em que meia dúzia de fascistas querem fugir do rebanho.
Há que mete-los na ordem nem que seja à porrada como hoje ficou demonstrado pelos paladinos das liberdades nogueiristas

Anónimo disse...

Ponham este anónimo, paladino das liberdades de encher um território de bombas e matar crianças, a fazer a tal prova, para ver o que acontece.
Zé do Telhado

Anónimo disse...

Eu sei que liberdade é um conceito estreito no léxico do sr Nogueira que pertence a uma organização política onde se elegem líderes de braço no ar, por indicação do comité - e se alguém discutir a decisão superiormente tomada - será expulso do colectivo. Nem mais, nem menos... O sr. nogueira e seus apaniguados da cgtp, que mandam lá no sindicato há mais de 30 anos - talvez com eleição de braço no ar - teem que perceber que o tempo dos sindicatos tomarem como refém o poder político já acabou - ainda não completamente, infelizmente.
A liberdade é isso mesmo: quem quer faz, quem não quer deixa os outros fazer...
Quanto a liberdades e legitimidades, estamos falados: o sr. nogueira que não é escrutinado - eleito apenas de braço no ar pelo colectivo - anda por lá há trinta anos - os ministros e ministras dos governos eleitos em sufrágios livres e universais, estão por lá tanto tempo quanto o voto soberano o desejar.
era melhor que o sr nogueira e os que partilham o mesmo conceito de liberdade, ou emigrassem para a Coreia do Norte - terra dos seus iguais - ou então que aprendessem a respeitar a liberdade em todo o seu esplendor, quer lhes agrade ou não. Liberdade não é fazer o que me mandam, mas poder escolher se quero ou não fazê-lo e em que condições estou disposto a tal, sempre NO ABSOLUTO RESPEITO PELOS DIREITOS E LIBERDADES DO OUTRO

Ai meu Deus disse...

Caro/a anónimo/a,

Não vou assumir a defesa do "sr. nogueira": nem ele mo encomendou nem ele precisa.
Também não vou tentar fazer-lhe perceber (a si, anónimo/a) que o seu conceito de liberdade é (pelo menos) tão "estreito" quanto o do "sr. nogueira" (por que razão quer que quem não partilha das suas ideias emigre para a Coreia, do Norte ou do sul, ou se cale? queria viver aqui sozinho com os que partilham as suas ideias?).

Mas, porque sou o autor do "post", apenas lhe quero sugerir que modere as suas opiniões sobre coisas que desconhece. Eu participei na primeira eleição (sim, eleição ou escrutínio, se preferir este termo) do "sr. nogueira" e garanto-lhe que não foi a palhaçada que o seu comentário leva a supor que foi. Mais: essa foi uma eleição "difícil", porque houve oposição, com uma candidata séria opositora, com fortes "riscos" de vencer (foi derrotada, mas tinha hipóteses de ganhar). O/a caro/a anónimo/a fala do que não sabe -- e, portanto, seguindo o respeito pela honestidade intelectual, melhor seria que se calasse (isto digo-lho eu, que não censurei o seu comentário nem tal me passa pela cabeça. É só uma questão, repito, de honestidade intelectual).

Já agora, duas notas breves:

a) na cgtp há mais pluralidade que o/a anónimo/a parece saber;
b) antes que pense outras coisas indevidas -- digo-lhe que não pertenço ao partido do "sr. nogueira".

Anónimo disse...

Eu não penso nada... apenas constato. leio, oiço, vejo e interpreto. não tenho ideologia. dou-me bem com gente de direita, do centro, da extrema direita, da extrema esquerda...
não acredito no trabalho actual dos sindicatos em Portugal, penso que são uma parte do problema e não da solução... estão tão desatualizados quanto os seus dirigentes. É a minha opinião que até já colaborei com alguns deles.
só para terminar nada tenho contra a forma como se elege o sr nogueira ou o sr jerónimo, ou a sra catarina vs semedo, ou seguro, ou coelho. Para mim é tudo o mesmo...
O meu conceito de liberdade assume isto mesmo: vai e faz o que quiseres, desde que a tua acção/decisão não implique em nada com a liberdade do outro, só isso. Concretizando: quem quer fazer a prova tem direito a fazê-la, quem não quer, não pode limitar esse direito, seja de que forma for.
no período pós revolucionário como estudante-trabalhador dirigi-me muitas vezes à minha faculdade e esbarrei com os portões fechados a cadeado. Eu queria ir ás aulas - aliás como muitos outros - mas não me era permitido pelos revolucionários. sempre me senti lesado, chamei-os à atenção, mas nada me disseram. tal como os profs que não estando em greve - aquela luta não era deles -, pura e simplesmente, não davam aulas àqueles que lá estavam com esse propósito, seja porque motivo fosse. nunca compreendi esta discriminação, recuso-me a aceitá-la e não perdoo a quem a promove em nome da sagrada liberdade. Só e apenas isso.

Ai meu Deus disse...

Pensar, pensa, caro/a anónimo/a. Pode é ter chegado à conclusão de que estava errado/a em algo -- mas, então, retrate-se, não minta.

Por exemplo, pensa(va) que "liberdade é um conceito estreito no léxico do sr Nogueira", que ele "pertence a uma organização política onde se elegem líderes de braço no ar, por indicação do comité - e se alguém discutir a decisão superiormente tomada - será expulso do colectivo" e o resto que poderá constatar, ler e interpretar no seu comentário anterior ao anterior.

Também não é verdade que o/a anónimo/a não tenha ideologia. Tem -- e não há nisso qualquer problema, porque tem todo o direito a tê-la e porque não há como não tê-la: "não ter ideologia" é uma ideologia.

Quanto ao mais... olhe que os sindicatos "do" "sr. nogueira" nem são tão radicais (tão "ilegalistas") como supõe (refiro-me a essa ideia de boicotar a prova a quem a quer fazer, que os sindicatos nunca defenderam, ao contrário do que o/a anónimo/a pensa). Infelizmente -- isto sou eu a dizer. O que o "sr. nogueira" (na realidade, o sprc) disse, na citação do "post", é:

a) que se realizaria uma reunião sindical, nem que fosse à porta das escolas;
[o/a anónimo/a acha isto mal? acha que deveria ser anulado o direito de reunião sindical? ou o direito de reunião-ponto-final?]
b) um convite a que os professores convocados para vigiar as provas se recusassem a fazê-lo;
[o/ anónimo/a acha isto mal? acha que, para que se cumprisse o direito de fazer a prova, os vigilantes deveriam prescindir do seu direito de a não vigiar?]

Só mais uma nota: porque é que eu acho que neste caso era legítimo ir mais além do que as "reuniõezinhas sindicais" que os sindicatos fizeram? porque ao terrorismo do Estado é legítimo responder terroristicamente (não sei se o/a anónimo/a me entende...)

Anónimo disse...

Eu não acho nada e claro que penso alguma coisa, mal seria se assim não fosse...
a liberdade que eu invoco não é de proibir de "montar banca" à porta das escolas, marcar plenários e reuniões para onde e quando quiserem, ou de faltar ou não á chamada para vigiar - esse é um direito inalienável... mas, tendo as escolas a estrutura a funcionar, entrar pela escola dentro aos berros, com tachos e panelas... (ou nos tempos idos fechar as faculdades a cadeado, ou nos actuais continuar a haver piquetes que apenas pretendem impedir de trabalhar aqueles que assim querem) vá lá, tem que concordar comigo que isso tem pouco do exercício de liberdade, de elegância e de respeito pela liberdade do outro. Como o sr sabe havia muitos e muitas professoras e há que querem fazer as ditas provas porque acham mesmo que são melhores que os seus iguais e são prejudicados pela inegável "inflação" das classificações. pelos vistos há professores que não sabem ler e escrever, quanto mais ensinar... já agora os médicos e os advogados também fazem exame no final do estágio e não vem daí mal nenhum ao mundo.
Concordo consigo que ao terrorismo de estado se deve responder da mesma maneira. mas não confunda os planos. basta ler por exemplo a Desobediência civil do Thoreau para perceber o que ela é e onde se deve exercer. E aí vê-se que não é no ensino (ou na saúde, ou nos transportes) onde há professores a leccionar 8 horas e outros 12 e outros 14 e outros - a maior parte contratados, sem carreira, a ser explorados e a leccionar 23 horas. São todos iguais, mas essa igualdade fica-se pelo papel. E o problema é que a situação já vem de longe. Já andei por escolas, atribuíam-me o que ninguém queria, punham-me a trabalhar ilegalmente nos três "turnos" manhãs, tardes e noites - porque a maioria dos meus colegas só trabalhava de manhã e com o ilegal dia de descanso semanal (porque como sabe, o dia de descanso só se deveria aplicar a quem trabalhasse ao sábado). Nunca em nenhuma escola colegas meus prescindiram das horas extraordinárias que detinham para completar (ou ficar melhor preenchido) o meu horário ou de outros colegas em igual situação. Retiravam-nos da correcção dos exames nacionais - quando era bem paga - com o argumento de que não éramos qualificados... Falar em terrorismo de estado num país em que o maior terrorismo é feito pelos nossos iguais, nos locais onde trabalhamos e por muitos militantes sindicalistas, que servem eternamente o sindicato, nada fazem na instituição, mas progridem e impedem aqueles que realmente trabalham de progredir, é ter uma grande boa vontade... para não dizer mais...