Para não esquecer...

ESCOLA E MOÇAMBIQUE


Ao lado do antigo Liceu Salazar, agora Escola Secundária Josina Machel, na rotunda situa-se o Museu de História Natural. Orgulhoso da fauna e sobretudo da coleção de fetos de elefantes que tem
(única no mundo?), 
o Museu é visitado por escolas e é bonito ver, em cada turma de visita ao museu, haver três ou quatro alunos a tirar apontamentos num caderno. Os outros não tiram porque não têm
(e não haverá um pouco de vaidade naqueles que têm?). 
De resto, a única coisa que os miúdos me pediram nos dias que por cá ando, foram cadernos. A escola parece ser coisa séria.

Entre Maputo e Inhambane, cerca de 500 kms, veem-se milhares de miúdos que vêm ou vão para a escola. Com um elemento de vestuário igual
(camisa, calças/saia, gravata há em bordeaux, verdes, azuis, amarelos) 
conforme a divisão administrativa, Segundo me disseram… No outro período do dia, ajudam a mãe na venda de fruta.  Há, neste fardamento, qualquer coisa de britânico a que não será alheia a influência sul-africana. E, no entanto, há a carência de 800 mil carteiras nas escolas do país. Muitas daquelas crianças sentam-se no chão para ter aulas…

O Museu de História Natural é pequeno, mas interessante. Mas denota carências que não estão de acordo com o orgulho que as autoridades dizem ter nele. As legendas escasseiam, estão gastas, não há guias
(ou desaparecem)...
São negligências incompreensíveis num museu com um acervo importante e de que os Moçambicanos se devem orgulhar.

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

paula lopes disse...

o museu chamava.se alvaro de castro.... com colecoes unicas do mundo, sera que desapareceram???