Para não esquecer...

ILUSTRAÇÕES... DE UM OUTRO SENTIR * 29


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ENCRUZILHADA
A cada amanhecer, novos mistérios
Que escondem os pesares do mal
A cada folha que cai, uma quimera
Que embalou o sonho e se fez real

Choramos, hoje, a mágoa de ontem
Sepultando-a em cova rasa
Nossas esperanças, nossas utopias
Na dúvida de tantas filosofias
Na angústia cruel que o peito arrasa
Vagamos sem lume pelas noites frias

E nos desencontros de nossas pobres almas 
O vazio nos arrebata por completo
Cada um seguiu seu caminho errante
Afogado na mágoa, na busca constante
Do encontro verdadeiro e certo
E nunca olhamos quem está por perto
E sempre procuramos viver num outro instante

Perdemo-nos em nossos descaminhos
Preconceitos e discórdias foram nossas marcas
Esquecemo-nos do simples numa busca vã
Do impossível que não vem com o amanhã
Se nossos sonhos não se encontram
Desviam-se em cada encruzilhada
E seguem solitários, tristes, nessa estrada.
[Paulo Gondim]

foto, de ai.valhamedeus; escolha do poema, de Ana Paula Menezes.

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

família, governo, centenas de autarcas, educação, saúde, justiça, defesa... interesses gerais e particulares. Enfim, um pequeno lote de trabalhadores a sustentar as mordomias da democracia. Mas dizem-me que tem que ser assim: a democracia é cara. Ao que eu respondo: então para se ser democrata cada um deve pagar apenas e só os serviços de que usufrui e o trabalho dos políticos tem que voltar a ser de serviço, gratuito ou tendencialmente.
Mais que o ordenado mínimo para um político é uma afronta para todos os que recebem o dito ordenado mínimo. Os políticos se querem ganhar, que vão trabalhar junto daqueles que se limitam a explorar.