[Clique na imagem, para a ver maior]
À BEIRA DA ÁGUA
Estive sempre sentado nesta pedra[Eugénio de Andrade, in Os Sulcos da Sede]
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
foto, de ai.valhamedeus; escolha do poema, de Ana Paula Menezes.
0 comentário(s). Ler/reagir:
Enviar um comentário