Para não esquecer...

"PALERMAS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!"

Tenho ouvido e lido um conjunto de disparates por essas redes fora. O mais frequente é dos que alinham pela batuta do sabujo do Coelho e vá de zurzir na Grécia, sem terem a mais piquena ideia

(como diz Ferreira Leite) 
do que falam. Aliás como o próprio e o contabilista de Boliqueime.

Toda a gente sabe de economia e até já ouvi um dizer no café que, dinheiro dele, não vai para a Grécia… Ninguém ouviu o que o Syriza disse, seguem aquela máxima: “para saber que é merda, basta saber de onde sai”.

Depois de uma quase unanimidade de repúdio das propostas da Grécia, eis que algumas brechas, insuspeitas, vão surgindo. Desde logo, et pour cause, do Obama que já se manifestou contra a austeridade grega, com os olhos postos a leste… Agora vem a voz insuspeita de Joseph Stiglitz dizer isto:
“…a situação atual da Grécia, incluindo a enorme subida da rácio da dívida, é principalmente devida aos equivocados programas da troika que lhe foram impingidos….. não é a reestruturação da dívida, mas a sua ausência, que é imoral”. 
Sobre as eleições na Grécia Stilitz diz
“eleições democráticas raramente dão uma mensagem tão clara como a que a Grécia deu. Se a Europa disser não à exigência dos eleitores gregos relativamente a uma mudança de rumo, estará a dizer que a democracia não tem importância, pelo menos no que diz respeito à economia…”. 
(Expresso, suplemento de economia, pág. 30 de 14/2/2015).

Entretanto parece que Coelho já emendou a mão e o Costa continua num nim. Aliás, Costa vai ser a maior desilusão do século XXI. Vai uma aposta?

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Entretanto parece que alguém continua equivocado.
a Grécia, como Portugal, Irlanda e restantes países "intervencionados" não foram "invadidos" pela troika ou por quem quer que fosse. Chegaram ao fim de uma linha, não tinham dinheiro para pagar aos funcionários - mais de 50% medíocre clientela partidária - e manter o que resta do estado social e pum!, foram de mão estendida, quietinhos e caladinhos pedir a quem tem que lhes pagasse as contas.
Nada fizeram e continuam sem "tusto" e por isso nem querem pagar o que já devem e ainda querem mais dinheiro, porque coitadinhos... o povo assim decidiu no grande acto democrático chamado elições. Não se sabem governar e o povo não ajuda.
Porque é que o seráfico Obama fala, mas não abre os cordões à bolsa? ou o sr Putin?
Afinal a resolução do problema é simples: é só estes senhores chegarem-se à frente com o dinheiro que a Grécia deve à troika e pronto, os gregos ficam "resgatados", independentes e felizes. Principalmente se alguém lhes der aquilo que se habituaram a gastar.
é fácil querer ficar a dever a quem nos empresta, muito mais difícil, pelos vistos, é sermos "homens de palavra", ou Estados, neste caso.
Um povo devedor é um povo sujeito, se não for a uns é a outros, nem tem soberania, nem democracia.
se querem brincar à democracia, Grécia, Portugal e os outros, aprendem a governar-se a si mesmos, paguem as dívidas e decidam como quiserem, agora pertencer a um "clube" onde só queremos receber, não dar ou partilhar é um ultraje aos povos que se governam dentro das suas posses e também se sacrificam para que os seus Estados não vivam em constantes bancarrotas.