Para não esquecer...

DE COMO DEUS NÃO DORME E...

Charlie Hebdo
De como Deus não dorme e… persegue o(s) Hollande(s)
… (Estamos) de volta


Ainda antes da edição que marca o regresso do Charlie Hebdo a uma normalidade – impossível – e após uma espécie de hors-série, elaborado pelos sobreviventes, Slavoj Žižek, num pequeno, mas industrioso, ensaio de oitenta páginas haveria de molhar a pena na ironia indagante para nos perguntar, logo na capa, se ‘O Islão é Charlie?’, acrescentando-lhe um pequeno apontamento (sério) em que promete fazer ‘Considerações Blasfemas sobre o Islão e a Modernidade.’

Slavoj assume, desde logo, uma declaração de interesses:
‘Embora eu seja um ateu convicto, julgo que esta obscenidade foi demais, mesmo para Deus, que se sentiu obrigado a intervir com outra obscenidade digna do espírito de Charlie Hebdo: no momento em que o presidente François Hollande abraçava Patrick Pelloux, médico e colunista do Charlie Hebdo, em frente das instalações do jornal, um pássaro defecou no ombro direito de Hollande, obrigando a equipa do jornal a tentar controlar o riso – uma resposta verdadeiramente divina do Real àquele ritual repugnante.’
escrito por Jerónimo Costa

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