Meu Deus como eu sou paraliterário[Pacheco, Fernando Assis, A Musa Irregular, Hiena Editora, Lisboa, 1991, pág. 125]
à quinta-feira véspera do jornal
nadando em papel como num aquário
ejectando a minha bolha pontual
de prosa tirada do receituário
onde aprendi o cozido nacional
do boçal fingindo o lapidário
- fora algum deslize gramatical -
receio que me chamem extraordinário
quando esta é uma prática trivial
roçando mesmo o parasitário
meu Deus dá-me a tua ajuda semanal.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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