És um soneto um realejo amigo[Mendes, Luís Filipe Castro, Outro Ulisses Regressa a Casa, Assírio & Alvim, s/l, 2016, pág. 39]
que me estende da aranha a teia fina
onde este pensamento que persigo
se desfaz só no verso, só na rima?
Serás então do verso falso amigo,
mecanismo voraz e tentador
a destruir no ovo o que consigo,
tornando o pensamento um só rumor?
Se palavras apenas nossos versos
E as ideias ficaram para trás,
que direi dos meus actos, tão diversos
de tudo o que de nós a vida faz?
És tu soneto aranha e sua teia,
Um engano desfeito na areia…
escrito por Carlos M. E. Lopes
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