Para não esquecer...

CISNES SELVAGENS

Cisnes selvagens


Em 2001, é publicado em Portugal este livro de Jung Chang, pela Quetzal. Não me lembro de qual o impacto que teria tido na altura, mas, tendo-o comprado em junho, acabei de o ler a 21/8/2002 (tenho a mania de apontar a data da compra e data da leitura, até para dar desculpas “já não me lembro. Já o li há 17 anos….”).

Mas se O Sol dos Mortos me impressionou pelo que se passou no mundo soviético, este impressiona pelo que se passou na China. Três gerações de mulheres (avó, mãe e filha) dão uma panorâmica da vida chinesa de 1924 (ou um pouco antes) até aos anos posteriores a Mao. É um extraordinário relato da luta, sofrimento, vitórias e derrotas de um povo, personalizado nestas três gerações.

Hoje não despertará o interesse de há uns anos. Os tempos mudaram e esta história já nada nos diz.

Há uns anos, desafiei um conhecido professor, político, ex-PCP, para falar de Marx, hoje. Declinou o convite dizendo “tenho coisas mais importantes para fazer…”.

Certamente haverá outros assuntos mais importantes a fazer do que ler Jung Chang e os seus Cisnes Selvagens: três filhas da China. Mas quem ainda andou iludido com o sistema… devia lê-lo.

[Jung Chang, CISNES SELVAGENS: três filhas da China, Quetzal, Lisboa 2001- 517 páginas]

escrito por Carlos M. E. Lopes

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