Para não esquecer...

ANTOLOGIA POÉTICA * 1

é no meu corpo que morreste, agora

temos o tempo todo

ao nosso lado, como

um lodo onde dormitam as


conhecidas maneiras,

algumas nuvens se aproximam, e depois

se afastam, numa duvidosa

manifestação de imperícia;


os animais falantes

atravessam corredores iluminados,

embarcam na


sossegada lembrança dos sonetos,

o leve sono que pesou no dia.

É no meu corpo que morreste, agora.



 

[Alexandre, António Franco. Poemas, Assírio & Alvim, s/l, 2021, pág.171]


escrito por Carlos M. E. Lopes

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Elisio Cordeiro disse...

Um homem morre sempre
No corpo de uma mulher
Basta ela o querer
E ele a desejar
Se dela ganhou vida
Doutro modo não poderia ser,
Aquele corpo vou voltando,e continuando a morrer.

Elisio Cordeiro disse...

Um homem morre sempre
No corpo de uma mulher
Basta ela o querer
E ele a desejar
Se dela ganhou vida
Doutro modo não poderia ser,
Àquele corpo vou voltando,e continuando a morrer.