O GARFO E A IGREJA CATÓLICA
O garfo não era usado na Idade Média, pelo menos não com regularidade, e parece até que, nas poucas ocasiões em que o seu uso está historicamente registado, não era muito popular.
Na verdade, a primeira vez que se tem registo do seu uso é no século XI, quando a filha do imperador bizantino Constantino VIII, Theodora, casada com o Doge de Veneza, Domenico Selva, surpreendeu os seus vizinhos ao usar uma estranha engenhoca com dois dentes dourados, com os quais um escravo lhe dava a provar pedaços de comida que ele antes cortara.
A invenção foi muito contestada pela Igreja, pois o garfo assemelhava-se à forquilha, utensílio usado pelo Maligno (nas representações clássicas) para tentar os cristãos menos decentes.
A Igreja defendia também a teoria de que os alimentos, sendo dádiva Divina, deveriam ser comidos com as mãos, a forma mais natural e humana. A posterior morte da princesa que não abdicava do talher, veio reforçar estas crenças alimentadas pelo clero, que tiveram o efeito de que durante longo tempo este utensílio fosse proibido.
Fontes:
escrito por ai.valhamedeus
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