Os anos de brasa de 1974/75/76 têm momentos de grande fulgor.
Um dia, nas escadinhas da Rua da Galeria, frente à Câmara, em Tavira, havia um cartaz, escrito e feito por mim, do MRPP. Aquele canto era um nosso canto desejado e privilegiado. Na loja do Cunha e Dias.
Às tantas, uma empresa de divulgação da corrida de touros de Vila Real de Santo António começou a colar um cartaz da Corrida de Touros, por cima do nosso cartaz.
O António Feijão, irrequieto, inconformado e corajoso, chamou a atenção do “marmelo” que se aprestava a colar o cartaz da corrida de touros sobre o cartaz do MRRP, em cima de uma escada.
Disse o António “queres descer sozinho, ou tiro-te a escada?”.
O rapaz, envergonhado, desceu da escada e não colou o cartaz.
O António era assim: voluntarioso, corajosos e convicto.
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