Para não esquecer...

Marcelo, sempre Marcelo...

Marcelo Rebelo de Sousa foi sempre um saltitão (parece um meu cunhado). Capaz de tudo, inconformado com o lugar que a História (até agora) lhe reservou, nunca deixa de ser ele próprio: inconstante, ambicioso, inteligente, etc. Em Viseu mimou o prof. Cavaco com um "Neste momento, [é a candidatura] que tem que ser... Tem que ser... Não passaríamos as férias com ele, mas tem que ser...".

Há anos que é visível em Marcelo aquele princípio: “se não os consegues vencer, junta-te a eles”. Marcelo só gosta de um candidato, só tem um candidato a Presidente da República e a Primeiro-Ministro: ele próprio. O pobre do Santana Lopes lá vai verbalizando aquilo que lhe vai na alma e “anda por aí”. Marcelo é mais fino. Gosta tanto do Cavaco quanto eu; anda a promovê-lo há um ror de anos, para estar na fila da frente aquando da vitória -– mas, no fundo, a derrota convinha-lhe para as suas ambições pessoais.

Sempre foi assim. A criação de factos políticos vem-lhe do tempo do Expresso e tentou algumas gracinhas com Sá Carneiro, mas este topou-o. Veio Cavaco -- e este também não foi muito parvo, pô-lo a um canto. Não lhe ligou muito. Agora, deve querer a recompensa por estes anos de promoção de Cavaco, mas, penso, este vai ignorá-lo de novo.
E faz bem. Com amigos daqueles, as cautelas são poucas.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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