Quando ao escritor catalão Enrique de Hériz,
(autor do livro Mentira)pediram um dia que dissesse uma mentira, este disse "Eu sou". O Público perguntou-lhe se "eu escrevo" também era mentira. A resposta do escritor:
Disse, e digo muitas vezes, que, cada vez que começamos uma frase com "eu sou...", estamos não a dizer uma mentira, mas a criar uma lenda. Há tantas coisas na palavra "eu"... Repare, eu, para mim, sou uma coisa; para si, que acaba de me conhecer, sou outra. E "sou" é uma conjugação impossível. A partir do momento em que terminei de dizer a palavra "sou" já fui, já não sou o que era. O que nunca é mentira é "eu escrevo", "eu amo", "eu sonho". Tudo o que fazemos é a única verdade que somos.escrito por ai.valhamedeus
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