(in)competência
Esta estória, além de verdadeira, é recente. De hoje.
Chego-me ao balcão da secção de fotografia da loja Worten. E uma menina, solícita e sorridente, não me deixa esperar muito:
-- Posso ser-lhe útil?
Digo que sim. E peço um filtro skylight
[corro a comprar um sempre que tenho objectiva nova: mais vale um arranhão nele do que na lente da objectiva]
para uma objectiva 50mm. Ela sorri, levanta as bochechas, franze o sobrolho e responde:
-- N... n... não temos. Acho que não temos.
Não me agradou o "não" arrastado e pergunto se sabe o que é. Obtenho novamente um arrastado "N... n... não. Não sei".
Explico o que é. Ela vira costas, entra num anexo e dirige-se a um colega. Volta segundos depois para confirmar que não têm.
E eu abandono o sítio sem qualquer certeza a não ser a de que, por enquanto, vou continuar a usar a minha reflex sem o skylight.
Infelizmente, esta situação é frequente. Vendem artigos fotográficos -- mas poderiam, com o mesmo à-vontade e a mesma falta de formação
[e a culpa é sobretudo da entidade patronal]
estar a vender frigoríficos. Ou gel de banho.
Valha-nos Deus!
escrito por ai.valhamedeus
1 comentário(s). Ler/reagir:
Passa-se o mesmo na vida política. O sr. A tanto está no ministério X, como passa pelo o Y acabando no Z.
Quando acabam os ministérios ainda se arranja um cargo de representação internacional ou um cargo de administração numa empressa pública.
Podem fazer qualquer coisa.
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