Para não esquecer...

Pê...quê?! [12] OS DIAS DA MÚSICA

  1. Soube-se há tempos que o governo pê-èsse tinha matado a Festa da Música. Pela$ razõe$ habituai$, como confirmou Mega Ferreira. Esta semana, a ministra da Cultura
    [a doooona Pires de Lima]
    veio anunciar que a Festa iria ser substituída por um modelo "com outro perfil e com outra dimensão"
    [e que o CCB iria ter uma programação "muitíssimo melhor" (sic!)].
    O director do CCB explicou o modelo do novíssimo nascituro Dias da Música. Em vez da mais de uma centena de concertos, haverá apenas 51
    [será assim porque haverá um intervalo de cerca de 1 hora entre concertos, "para não forçar o público a correr pelos corredores". O modelo justificativo habitual: o governo pê-èsse sempre a pensar no povo... Indecentes!].
    Pelos vistos e pelo menos, o novo modelo vai ser mais participado: o público vai poder tocar em pianos espalhados pelas salas
    [Ai valha-me Deus! ó p'ra mim a tocar piano numa das salas do CCB...]
    e ver DVD ou filmes...
    Ir ao CCB ver DVD?!... diz a doooona Pires que Os Dias da Música têm outra dimensão, e tudo indica que terão: a dimensão das festas paroquiais organizadas pelas Associações Culturais, Sociais, Recreativas e Desportivas das nossas aldeias. Eu pensava que a dimensão do CCB era outra -- enganei-me mais uma vez.

  2. Maria João Seixas justificava hoje a coisa na rádio com a necessidade que algumas figuras têm de deixar marca nos sítios
    (de chefia/governação)
    por onde passam. Ainda que a marca seja para destruir brilhantes projectos
    [e a Festa da Música era brilhante]
    de antecessores seus, substituindo-os por ridicularias.
    Contra tal necessidade alertava em Setembro passado o ex-ministro da Educação Roberto Carneiro, ao afirmar, num debate com Marçal Grilo sobre educação:
    "O mito da reforma é um problema fatal em Portugal". Cada governante que passa pela cadeira de ministro "parece que quer inventar a roda e deixar o seu nome numa reforma".
  3. Assim vamos aguentando os rosas. Pobretes e alegretes. Pode ser que um dia destes o CCB ainda vire a nova FNAT
    [para os mais jovens: uma tal Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho, fundada em 1935 pelo tal regime que então também nos protegia de comunas e tristezas, que depois se transformou no actual Inatel].
escrito por ai.valhamedeus

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