As entidades patronais querem a revisão constitucional para facilitar os despedimentos e, sobretudo, o despedimento “sem justa causa por motivos políticos ou ideológicos” – artº 53º da CRP.
Sejamos justos. As reivindicações das entidades patronais são justas e recomendam-se. Um patrão tem que suportar um gajo que é delegado sindical e que, por isso, está em guerra aberta com ele? Um patrão tem que suportar um gajo do PCP sendo ele, patrão, do CDS
(ou ao contrário)?E depois os despedimentos têm que ser mais ligeiros para que o sistema produtivo possa responder aos desafios da globalização. Admite-se que um patrão tenha que suportar o perigo de um processo disciplinar e judicial para pôr um filho da puta de um comuna, ou quem quer que seja, na rua? É por isso que o nosso país não avança. Os empresários portugueses são dos mais dinâmicos, independentes, empreendedores e audazes do Mundo. Sim, do Mundo.
Para este desiderato o quê melhor do que o governo PS? Nunca as entidades patronais se viram mais acarinhadas e incentivadas do que com este governo. Elas têm toda a razão em fazer este pedido. Mesmo que o novo código já admita o despedimento sem justa causa... ainda que dê a maçada de um processo disciplinar e uma possível acção judicial.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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E toda esta merda começou com o menino diogo amarelo quando pediu ao senhor primeiro menistro para tirar da cosnstituição a Regionalização.
O chefe da orquestra não lhe ligou nenhuma mas abriu o precedente. Agora são os "bobos da corte": empresários, gestores, capitalistas, executivos, taxistas, a pedirem a a retirada da Constituição do artº 53º.
Filhos da puta.
Qualquer um deles viu aumentadas as mesadas em mais de 23%, subirem as benesses e arrajarem facilidades de pagamento dos ordenados.
O "parasita" do operário anda há 4 anos consecutivos a perder poder de compra e a ser roubado nos poucos direitos que Abril lhe deu.
Em nome da igualdade tem sido espoliado por este mesmo governo que continua a fomentar as desigualdades. Agora foi aquela dos computadores. Dá a uns e não dá a outros.
Ora merda!
Já a minha avó dizia:
-Isto de ser da plebe é uma grande merda. Arranja um canudinho se te queres safar neste país de possidónios
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