Gosto muito de uma escritora singular: Margarida Rebelo Pinto
[gosto dela, acima de tudo, porque me poupa o tempo de a (não) ler, um tempo que posso dedicar a outras leituras].Acabo de passar os olhos pelo último texto dela no blogue dela, no sítio da Internet do SOL
[um blogue com título de fazer tremer qualquer masculino mortal: Com muito prazer].Um texto, cheio de cultura e de profundas reflexões, sobre Ensaios de Amor, de Alain de Botton. Após confidenciar que foi seu livro de cabeceira durante uns tempos, MRP explica o que é um livro de cabeceira
[numa definição de que eu andava à procura há muitos anos e, por finalmente a ter encontrado, me transformou num ser feliz]:
Para mim, um livro de cabeceira é um livro que entra para a nossa vida; gostamos tanto dele que não o conseguimos largar. E ele fica ali, meses a fio a chamar por nós, porque de cada vez que o folheamos, encontramos informação útil.Estou convencidíssimo de que esta breve citação é suficiente para motivar qualquer dos leitores destas linhas à leitura do resto do sapientíssimo texto de MRP. Mesmo assim, não aguento esta vontade imensa de transcrever as últimas linhas das reflexões de MRP. Para que todos nos cultivemos.
Quando uma mulher começa a trair um homem com outro, não o faz por desporto, vaidade ou fanfarronice. Fá-lo porque há algo que falta na sua relação: dedicação, romantismo, respeito. Mas também pode ser uma ausência de entendimento carnal profundo ou a perda deste ao longo da passagem inexorável do tempo.As coisas que se aprendem com quem sabe...
Alain de Botton, como bom macho, assume a traição, mas não a explica. Compara a sua dor à de Cristo pregado na cruz e protagoniza um elevado grau de expiação que o eleva a mártir, esquecendo-se de que as mulheres não querem mártires na cama, querem homens. Se assim não fosse, estávamos todas casadas com o nosso melhor amigo.
escrito por ai.valhamedeus
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E, ao menos, a gaja é boa?
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