Para não esquecer...

O LIMBO DE MANUEL ALEGRE

Nas últimas presidenciais, votei Manuel Alegre. Ou antes, votei como pensei que era a melhor maneira de votar contra Sócrates. De resto, nunca tive grandes ilusões em relação a Manuel Alegre
[o candidato teve mesmo momentos particularmente infelizes; recordo, a título de exemplo, aquela imagem de Alegre entrevistado de arma de caçador ao ombro].
Esta semana, já tive oportunidade de, mais do que uma vez, insistir nessas minhas reticências em relação ao deputado socialista
[a última vez, ontem].
Noticiando uma entrevista televisiva de Alegre, a Lusa faz saber que
O deputado socialista Manuel Alegre disse hoje que "em princípio" votará em José Sócrates nas eleições legislativas de 2009 mas admitiu que o seu voto "depende naquilo que acontecer".

Questionado no programa Grande Entrevista da RTP 1 se votará no actual primeiro-ministro e secretário-geral do PS, José Sócrates, nas eleições legislativas de 2009, Manuel Alegre respondeu: "depende daquilo que acontecer".

"Em princípio, se estiver no PS", acrescentou.
Isto significa, no mínimo, que
  1. até agora Manuel Alegre não encontra na actuação de Sócrates razões suficientes para não votar nele;

  2. Manuel Alegre há-de continuar naquele espaço "límbico" que se situa entre o pê-èsse e a esquerda. E lá ficará até que decida para onde ir, de modo a colher o maior número de votos
    [Louçã já admitiu seriamente a hipótese de o apoiar].
Alegre esquece (?) que até a Igreja Católica já deixou cair o limbo. Já nem o Vaticano acredita no limbo.

escrito por ai.valhamedeus

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