Há uma semana faleceu João Isidro, jornalista, uma referência na profissão. João Isidro levava-me a ler sofregamente o Expresso. Antigo presidente do sindicato dos jornalistas, escrevia ultimamente numa revista de bombeiros. A vida não lhe foi fácil. Ele talvez tenha contribuído para isso. De uma inteligência e cultura extraordinárias, há muito que se viu arredado dos jornais. Não foi aproveitado nem se aproveitou condignamente.
Almocei com ele há uns quatro anos no Manel da Proa, na Manta Rota. Já se percebia que não estava bem, mesmo nada bem. Estava casado de novo, não sei se chegou ao fim, e demonstrava sempre a sua vivacidade e inconformismo. Ao contrário do que diz o Expresso, já não era militante do MRPP, mas manteve sempre a mesma atitude em relação ao partido onde militou. Fazia falta. Vamos sentir muito a sua falta.
escrito por Carlos M. E. Lopes
2 comentário(s). Ler/reagir:
E depois, se pertencesse ao MRPP? É pecado? Pecado é ser infiel: ao parceiro/a. E àquilo em que se acredita, virando a casaca a cada esquina
Gabriela
Por onde andará o grande educador da classe operária ARNALDO de MATOS?
Ainda me lembro quando o "bigodes" passou aqui por Tavira e depois se organizou o MRPP local, com reuniões no velhinho campo do Ginásio com a fina flor da juventude tavirenses.
Bons tempos.
Desse grupo resta o transfuga Saldanha Sanches, pálida ideia da classe operária.
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