Para não esquecer...

NO DIA 15, NÃO VOU A LISBOA!

AQUI um blogue

[um "placard de docentes de S. Martinho"]
com um vídeo muito bem esgalhado.  Tão bem esgalhado que foi a gotinha que faltava para resolver a minha indecisão de há uns dias a este momento
[a qual/quais das anunciadas manifestações em Lisboa eu iria].
Depois de ver todo o vídeo e me deliciar, a sério, com a criatividade do mesmo, acabo de decidir, definitivamente empurrado pelo mesmo, NÃO IR A LISBOA NO DIA 15
[irei só a 8].
Quando é importante discernir claramente quem é o verdadeiro adversário, recuso estar numa manifestação que continua a ser propagandeada em textos e vídeos onde se misturam no mesmo saco a Lurdinhas, o Valter, o Pedreira e a plataforma sindical. 

Decididamente, não!

escrito por ai.valhamedeus

35 comentário(s). Ler/reagir:

Vítor Amado disse...

Aceito a tua opção...mas não pelas razões que apontas. Afinal és o 1º a concordar que o video te deliciou..
mas se leres os posts que os autores desse blogue têm escrito, talvez encontres outros motivos( para a tua decisão) que não os invocados.Terá sido mesmo o video a empurrar-te???
abraço

Ai meu Deus disse...

Meu caro VA,

Não foi o vídeo enquanto objecto estético ou técnico (que acho muito bem conseguido). Mas foi o vídeo na medida em que, como digo, se mistura (MAIS UM sítio onde se faz esta mistura; ela aparece também noutros sítios mais ou menos ligados à organização da manife de 15) a ministra e os lacaios com a plataforma sindical. No vídeo isso é particularmente relevante, como concordarás, suponho. E eu, por mais que discorde da opção da plataforma em assinar o entendimento (e discordo. Mas admito poder estar enganado), não admito participar numa manifestação com aqueles pressupostos.

Poderei discordar e discordo efectivamente (votei publicamente, de braço no ar, contra o entendimento. Manifesto-me, quando o entendo, contra decisões dos sindicatos: a vida democrática é assim...) de opções sindicais. O que NÃO SOU é CONTRA OS SINDICATOS. Por piores que sejam os que (no meu entender) são os melhores, não acho que tenhamos alternativa melhor. Sou contra o poder -- mas não contra os sindicatos.

Não fora o que explico, eu admitiria a hipótese de ir às 2 manifes (mesmo achando que a do dia 15 não tem condições para haver consequências. Mesmo assim provavelmente iria)...

Anónimo disse...

Eu também não vou à de 15 pelas mesmas razões acima invocadas e choca-me que os colegas que se dizem democráticos coloquem no mesmo saco, a Ministra os secretários de estado e a plataforma sindical. Se os Sindicatos não tivessem assinado e os colegas não tivessem sido avaliados, mesmo que a brincar, estariam muitos milhares contra os sindicatos pois tinham-nos impedido de subir na carreira ou de concorrer de novo. É preso por ter cão e preso por não ter.

Anónimo disse...

Pegando nas tuas palavras, aijesus, acrescentaria que, não estando também eu contra os sindicatos (até votei, precipitada e atabalhoadamente, de dedo no ar, no "referendo" ao entendimento:-))), percebo hoje porque colhem os movimentos 15 Nov (os anti-sindicais, como sabes, não são maioritários neste universo) a minha (alguma) simpatia...
Porventura o desalinhamento/rebeldia/criatividade que representam fascina-me, em contraste inevitável com uma certa ortodoxia sindical... de que já falámos muitas vezes, aliás.
Por isso se houver duas manifes, estarei em ambas!

Anónimo disse...

Um abraço para Vitor M, Vitor Amado, e obviamente para AiValha-meDeus... sem esquecer o Kamarada Monárquico.
AGORA AQUI FICA UMA INFORMAÇÃO INTERESSANTE
Do distrito de Viseu, há, neste momento, 20 autocarros repletos de professores para a Manifestação de 8 de Novembro - e ainda faltam duas semanas... Destaco alguns casos significativos - C. Daire 2; C.Sal 1; Sátão 1; M. Beira 2; Tabuaço 1; Cinfães 2; Tondela 1; Stª Comba 1; Mangualde 1 Viseu 6.
ISTO VAI CAMARADAS ISTO VAI .
VAMOS DERROTAR ESTE MODELO DE AVALIAÇÃO e ESTA POLÍTICA EDUCATIVA.

Anónimo disse...

Pois eu apenas vou dia 15 e no norte, só dá 15.

Porquê? Porque não acredito nos nossos sindicatos depois do que NÃO fizeram após a manif anterior!

Dividir?! Pois, mas isso é culpa dos sindicatos!

No dia 8 fico em casa!

Na minha escola já temos 1a camioneta e meia. Vamo-nos juntar a outra escola e assim somos 3 camionetas, NO DIA 15!!!

martim de gouveia e sousa disse...

ainda bem que a serenidade volta. e quanto a anónimos, anónimos fiquem. lembre-se que ainda há pouco a ministra clamava contra o sindicato (leia-se mário nogueira e fenprof). ainda ontem, no "público", a negatividade do protesto caiu sobre mário nogueira. há quem seja atacado por todos os lados e esteja sempre ao nosso lado. e já agora, se a memória persistir, quem tem lutado em "continuum" contra este desministério? vamos a 8 e certo estou que os colegas que estão de facto a lutar contra o "monstro" não hesitarão.

Anónimo disse...

Vamos a 8, pois claro! Mas os profes que insistem em ir a 15 também são colegas e estão em luta, ou não?
A luta é a mesma, right? A indignação incontível que nos une contra este ME liderado por esta sempre sinistra ministra...
Os pressupostos são diferentes? Paciência! A minha cor preferida até é o arco-íris:-)).
Por isso lá estarei nas duas (torcendo embora para que bloggers e plataforma se entendam no sentido de só se realizar uma).

Anónimo disse...

O que seria da Humanidade se todas as decisões que afectam a nossa vida (individual e social) fossem baseadas na assunção de que, sendo "isto" o melhor que temos, não devemos contestar? Eu nem quero imaginar...

Anónimo disse...

Querem uma boa argumentação? Ou será conclusão?
No fundo, no fundo, e no final de tudo, quem se lixa é o professor que está no terreno, isto é, o que dá aulas. O que dá todos os dias o corpo ao manifesto. O que tem de resolver bastas vezes situações novas para as quais nem a idade, nem a sua prática lectiva, e a outra, o preparam.

M.G.R.C.

Anónimo disse...

O pessoal mais novo nestas andanças...e que teve de ser avaliado o ano passado segundo a tal fichinha que a "sinistra" elaborou (desculpem mandou elaborar), acredita que embora os sindicatos façam algumas asneiras são eles que conseguem fazer ouvir a nossa voz em algum lado. Gostava também que alguém falasse na famosa e abominável prova de ingresso na carreira docente, que curiosamente no meu grupo (350 - espanhol) pode rejeitar pessoas (e depois ter de as aceitar outra vez dada a falta de professores para colmatar as necessidades das escolas. Afinal, não servimos para ingressar na carreira mas para tapar buracos já dá.
Beijinhos a todos os colegas que estão em luta e que mais se juntem a nós.
Quelita

Anónimo disse...

Eu respeito a opinião de não querer ir a Lx no dia 15, mas não concordo com ela.

O facto é que bastas vezes os sindicatos nos tramaram. O facto é que os sindicatos bastas vezes nos enterraram. O facto é que temos o ECD que temos também por causa deles. O facto é que o "entendimento" foi uma estupidez, porque fez-nos baixar os braços quando tínhamos, efectivamente, e pela primeira vez em anos, encostado este governo e esta ministra a um canto, e eles sabiam-no. O facto é que muitas escolas votaram contra o "entendimento" e que os argumentos dos que o defendiam nessas escolas centravam-se no "nós precisamos de paz no 3º período", quando quem precisava de paz era, efectivamente, o ME e o governo que representa na educação. O facto é que o senhor Mário Nogueira, quando assinou o "entendimento" (ou assinaram por ele, não sei), referiu-se às vozes divergentes de entre os professores como burros, cujas vozes não chegam ao céu.

Por isso, e muito, muito mais, mandei os sindicatos dar uma curva e nunca mais quero ter *nada* que ver com eles.

Anónimo disse...

Tenho pena que os professores não estejam unidos e que não haja uma só manifestação, mas uma das grandes. Ainda tenho esperança que haja uma forte, grande, unida, que provoque impacto!
Agora que, mais do que nunca, a classe dos professores precisa de estar toda unida... há este desencontro de ideias? POR FAVOR! A base qual é? não é a mesma? Vamos lá alinhavar ideias e vamos todos, mas mesmo todos, na mesma data!

Anónimo disse...

concordo!
VAMOS TODOS NO MESMO DIA!

Anónimo disse...

E qual, pode saber-se?

Anónimo disse...

Realmente esta de os sindicatos marcarem uma manif para dia 8 quando já se divulgava outra para 15, foi uma boa manobra. Dividir para reinar. Estes senhores assinaram o "entendimento" com o ME, não para defender a luta dos professores, luta que estava a caminho se der ganha, mas pura e simplesmente para acautelarem os seus tachinhos que estavam em risco. Agora com esta manobra da manif dia 8 voltam a fazer o mesmo. Achei o video fabuloso ESPECIALMENTE a parte em que a Lurdinhas fica a sós com os cinco.
Fartei-me de sindicatos que para nada servem senão para prejudicar a classe. quanto à manif não vou nem a uma nem a outra. Vou no dia 10 nem que vá só.

Anónimo disse...

Aqui, num comentário li o seguinte - "O facto é que temos o ECD que temos também por causa deles" [referindo os Sindicatos].
Só alguém distraído pode escrever isto. Durante o período de negociação do ECD realizaram-se inúmeras acções de luta e protesto ... e em algumas eram poucos os professores. Não sei se o autor participou nessas lutas. O ECD que temos deve-se à maioria absoluta que nos governa. A questão é que muitos colegas que votaram P"s", nas últimas eleições, demoraram a acordar e nos primeiros tempos desta legislatura recusavam-se a lutar ...porque tinha acabado de eleger o Socrates e seus acólitos. Também é verdade que alguns perceberam cedo "a coisa" e mesmo tendo votado P"s" estiveram na luta. Realizaram-se greve a exames, manifestações, concentrações, greves de vários dias (uma delas por regiões)vigílias junto ao ME. Quem mobilizou estas formas de luta ? Não foi a malta que hoje se agita contra os Sindicatos. Aliás, foi preciso fazer muitas acções até que o pessoal acordasse e 100.000fosse a Lisboa a 8 de Março. Ou o 8 de Março caiu do céu ?
Finalmente ... acredito que os colegas que votaram P"s" estejam bem mal dispostos. Mas, também é verdade que muitos votaram P"s" para evitar o fadista do Santana. Pois... correu mal

Anónimo disse...

Participei em algumas dessas lutas, sim. Posso dizer-lhe que, na tal greve aos exames, apenas eu e mais 6 professores numa escola com cerca de 100 o fizémos. E sabe quando é que desisti? Quando eles [sim, os sindicatos], desconvocaram as greves aos exames que diz que fizeram. Não fizeram, não. Eles [os sindicatos] convocaram-nas, levaram um tapinha [que todos sabemos que não dói] do então ME PSD (os tais serviços mínimos), das associações de pais e de alguma comunicação social e... recuaram. Sim, recuaram. Mais, posso dizer-lhe ainda, que na tal greve que eu e mais 6 professores fizémos os restantes não a fizeram porque os sindicatos não garantiam que não corresse mal para o nosso lado.
Pode dizer-me que, ah, e tal, mas meteram a coisa em tribunal e o tribunal deu razão ao governo. Talvez tenha dado (embora nem todos os tenham feito, que houve um tribunal de um tal país chamado Açores que disse que os profs tinham razão), mas os sindicatos poderiam ter argumentado e convocado desobediência civil. Os professores estavam então em boa parte do lado deles, e dificilmente um governo de então ou de agora teria capacidade para levantar processos disciplinares a tanta gente. Fizeram-no? Não.

O ECD que temos começou a ser trabalhado antes de este governo ter sido eleito e eles [governo, agora] aproveitaram o estado de graça em que estavam, fizeram uma ofensiva mediática com intenção de descredibilizar a classe docente (não que fosse preciso grande ofensiva, à data) e com um sucesso retumbante, porque podem não ter muito jeito para a governação, mas lá que são eficientes em política de terra queimada, isso não haja dúvidas.

"Não foi a malta que hoje se agita contra os sindicatos". Como sabe?
Se, agora, passar ao que ocorreu no ano lectivo passado. As vigílias não foram convocadas, inicialmente, por sindicatos - muitas delas foram espontâneas. Os sindicatos emprestaram a sua força, nada mais. Ao que me pareceu (estou sem dúvida muito mal informado), as manifs começaram a ser convocadas de sms e muita gente foi a Lx, sim, mas não a obedecer a nenhuma convocatória dos sindicatos. Foram, aliás *apesar* dos sindicatos. Acordaram as pessoas, não os sindicatos, mas a prepotência deste ME e deste governo que acreditaram que a sua ofensiva mediática podia agora ser simplesmente finalizada com uma catadupa de ordens e legislações imbecis e foi isso, principalmente, o que fez tantos acordarem, como diz.

Finalmente, eu também acredito que os colegas que votaram PS estejam mal dispostos, mas eu, que nunca votei e nunca votarei nesse partido, não sou um deles.

Anónimo disse...

Já reparei que acima me enganei. Já foi esta senhora (ME PS) quem nos lixou com os serviços mínimos e não o ME PSD.

Anónimo disse...

Fico espantado ao ler - "mas os sindicatos poderiam ter argumentado e convocado desobediência civil". Como se faz isto ? Eu não sei, mas gostava de saber.
Mais espantado com o seguinte - "As vigílias não foram convocadas, inicialmente, por sindicatos - muitas delas foram espontâneas". Outra vez a falta de memória ou memória selectiva. As vigílias de Dezembro'07 e Janeiro'08 foram convocada por quem ? A de Janeiro durou uma semana à porta do ME. Funcionou rotativamente - cada região um dia.
Eu sei que a memória às vezes falha. Outra vezes a falha de memória ajuda a argumentar...
É a vida...

Anónimo disse...

O que me parece, e ando em lutas sindicais desde que sou prof, é que desta vez, quem mobilizou os docentes foi a sinistra e não os sindicatos ou os movimentos.
Claro que a blogosfera teve um papel decisivo, e obviamente os sindicatos também, mas à Milu cabe o maior protagonismo...

Anónimo disse...

Tem razão, foram eles (os Sindicatos) quem organizou as várias facetas do descontentamento. Muito compreensivelmente, pois são eles a organização, eles é que sabem os trâmites das negociações. Mas a alma, o élan é da classe. O mal estar é de quem sente na pele as injustiças. E é compreensível que os professores estejam descontentes com os resultados de tão gigantesca manifestação. Por isso é que devíamos estar unidos "como as uvas estão no cacho" e irmos às duas manifestações, caso elas se realizem: uma para mostrar aos governantes deste país que, apesar de tudo, não queremos ver as nossas organizações que ainda nos representam, pelo menos alguns,(e vamos lá deixar de ser idealistas; eu por mim até dispensava os governos, os exércitos, etc. mas isso seria num mundo perfeito)a serem desmanteladas. Acham que podem dialogar e sentarem-se à mesa com a ministra?
À outra, se se mantiver, para mostrarmos o nosso justo descontentamento, já que o motivo é o mesmo. Ou não? Estarei a ser ingénua?
Gabriela

Anónimo disse...

Escreveu atrás que não sabia como se pode convocar a desobediência civil. Como será que ela é convocada noutros países? Ou não há em mais lado nenhum? Quem diz convocar pode dizer apelar, mas cada um interpreta e lê como quer. Os sindicatos, podiam e podem fazê-lo perfeitamente. Como podiam ter, por exemplo, e à semelhança de outras forças políticas, ter utilizado, ou contratado, se preferir, alguns opinion makers da nossa praça para veicular a nossa mensagem. Como podiam ter utilizado algum do dinheiro que recebem para embarcar em campanhas de marketing, que nem precisavam de ser particularmente caras. Greves? Durante o ano lectivo de nada servem - porque não a greve convocada para vários dias, sim, mas nas reuniões de avaliação do terceiro período; marquem-se muitos dias de greve seguidos e, como tantos sugeriram, falte apenas um ou dois professores por reunião, quando a reunião repetir, daí a 48h, falta mais alguém, que a greve ainda está convocada. Ninguém neste país irá de férias. Tem medo que a opinião pública pense ainda pior de nós? Faça acções junto dela para lhe mostrar porque temos razão - pode, a título de exemplo, mostrar que tipo de educação damos às crianças quando se promove 100% de sucesso. Nada disso se fez, nada disso se fará... É a vida...

Quando fica espantado com as vigílias, perca o espanto. Eu, pela minha parte, recebi alguns sms mencionando que a as vigílias nada tinham que ver com sindicatos e que deveriam ser realizadas com ou sem eles.

A memória à vezes falha, mas eu ainda sou novo, e quando muito serei distraído. E sim, a falha da memória serve para argumentar por vezes. A sua, por exemplo, com a questão da greve dos exames que disse ter sido promovida pelos sindicatos. É a vida...

Peço desculpa pelo meu tom, mas estou cansado de ver defender quem tão pouco sucesso tem para nos defender a nós, e mais cansado ainda de de ser recriminado por o dizer. Temos que concordar em discordar. O senhor na sua e eu na minha...

Anónimo disse...

RECORTES QUE COMENTO

"... greve dos exames que disse ter sido promovida pelos sindicatos..." - entao quem é que convocou ? Não me diga que foi espontânea !!!

Ok. Fico sem saber em que país foi convocada uma desobediência civil.

"... Eu, pela minha parte, recebi alguns sms mencionando que a as vigílias nada tinham que ver com sindicatos..." - o problema é que só se lembra dessas. Já com esta maioria absoluta realizaram-se outras... antes, muito antes de alguns acordarem.

"...marquem-se muitos dias de greve seguidos e, como tantos sugeriram, falte apenas um ou dois professores por reunião, quando a reunião repetir, daí a 48h, falta mais alguém, que a greve ainda está convocada..." - era uma boa solução, mas um normativo de um governo P"s" (tinha que ser) impõe que a reunião se realiza mesmo com falta de professores.
Mas isto vai, isto vai ! E vamos derrotar esta política desgraçada.Com manifs, greves, vigílias e o mais que se verá.

Anónimo disse...

Agora é a minha vez,

Relativamente às greves aos exames "entao quem é que convocou ? Não me diga que foi espontânea !!!"

Parece que não leu o que escrevi. Os sindicatos convocaram, apanharam e aconselharam os profs a não a fazer, afinal.

"Ok. Fico sem saber em que país foi convocada uma desobediência civil.".

O exemplo mais recente e porventura mais bem sucedido terá sido o dos bloqueios que os camionistas franceses, e julgo que espanhóis (até alguns portugueses) fizeram por causa dos combustíveis.

relativamente às vigílias, "o problema é que só se lembra dessas. Já com esta maioria absoluta realizaram-se outras... antes, muito antes de alguns acordarem."

Pois fizeram-se antes, mas era destas, mais recentes, que estávamos a falar

relativamente às greves de dias seguidos, "um normativo de um governo P"s" (tinha que ser) impõe que a reunião se realiza mesmo com falta de professores."

E nós não arranjamos outras formas de lá ir, mesmo com esses normativos, como seja o de não entregarmos as notas?

"Mas isto vai, isto vai ! E vamos derrotar esta política desgraçada.Com manifs, greves, vigílias e o mais que se verá."

Espero que sim, que vá, e até acredito que estes senhores que estão no governo abram os olhos para a representatividade da nossa classe em termos de eleitorado. Eu contribuo como posso, simplesmente não confio que sejam os sindicatos a ajudar-me

Anónimo disse...

Mas nós não temos o peso dos camionistas, valha-o Deus. Não contribuímos para a economia, somos antes "preguiçosos, privilegiados, etc. etc. Verdadeiros parasitas, com imensas férias. Já se esqueceu? A opinião pública foi bem preparada. A nossa paralisação não é igual à dos camionistas. Só se fizer greve às aulas e os putos ficarem em casa a dar cabo da cabeça dos pais e a não lhes deixarem ver a telenovela. Ou então a terem de os levar para o trabalho. Já viu a chatice?
Além disso, agora as empresas são elogiadas por reduzirem nos gastos com os trabalhadores e por despedi-los. Ao contrário de há uns anos atrás. É o milagre da globalização. E como a Escola se transformou numa empresa e na sua lógica, já vê...

Anónimo disse...

Ó santo, claro que não temos o peso dos camionistas. Os camionistas eram um exemplo de desobediência civil, nada mais.

Claro que somos um depósito de criancinhas. Eu ando a dizer há anos que greves de professores não fazem sentido durante o ano lectivo, nada mais fazem que poupar ao Estado dinheiro. Greves fazem sentido no final do ano lectivo (ou então tenhamos a coragem e o dinheiro para ficar em casa um mês durante o ano lectivo).

Se fizermos greves às avaliações, e tivermos como acto de desobediência,por exemplo a recusa de cumprir um normativo que determina que as reuniões se realizem ainda que sem todos os presentes, muita gente não vai de férias neste país. É certo que isto não afectará a vida de muitos desgraçados que, de qualquer maneira, já não têm férias porque não têm dinheiro para ir a lado nenhum, mas afecta concerteza a vida dos que nos lixam.

Outra, ká viu o atraso que se provocaria a este país se não houvessem exames nacionais num ano. Seria conseguido com a desobediência civil de não cumprir os tais "serviços mínimos".

Entre-meio teríamos, naturalmente, e se a coisa fosse organizada e pensada com a devida antecedência e por gente competente, uma campanha de propaganda inteligente e que mostrasse onde é que temos razão.

NG disse...

Porque é que antes nunca ninguém se lembrou de meter no mesmo saco a pandilha ministerial e a sindical e agora já são muitos a fazê-lo? O que mudou?

Anónimo disse...

Oh, valha-me Deus! Um professor a escrever houvessem? Até tenho vergonha. Ainda bem que não sou eu a avaliá-lo. "Já viu o ... se não houvesse exames..."

Anónimo disse...

o que está em discussão é quem são os adversários: Os sindicatos ou os irmãos metralha (lurdes, valter pedreira)...respondendo a isto, responde-se a tudo...dia 8 lá estarei, como estive em 8 de março e como estive em 5 de outubro na luta contra a separação dos profs e dos titulares, e cá em casa somos dois abençoados titulares com possibilidade de chegar ao topo da carreira, contrariamente a dois terços dos colegas deste País....mas não é o facto de ter sido bafejado pela "benesse" que me leva a desistir de lutar...

Anónimo disse...

"Oh, valha-me Deus! Um professor a escrever houvessem? Até tenho vergonha. Ainda bem que não sou eu a avaliá-lo. "Já viu o ... se não houvesse exames..."

Ainda bem que não é a(o) sr.(a) a avaliar-me, realmente. Caso contrário teria de explicar-lhe a si, quando me desse uma avaliação menos positiva a mim, que eu não sou professor de português. Assim sendo, não tenho que ter sempre presente que, na nossa tão singela língua, prestes a ser devassada, que o verbo "haver", quando toma o significado de "existir", apenas se conjuga na 3ª pessoa do singular. Esqueci-me, pois foi. Houvesse antes alguém, ao invés de ter olhado para esse erro (mas há lá outros), tivesse antes comentado o assunto de que se trata.

Anónimo disse...

É uma questão de leitura. Em primeiríssimo lugar um professor tem DE saber falar e escrever, mesmo não sendo professor de Português. Toda a gente dá erros, mas há erros imperdoáveis: esse é um deles. Um professor devia ler muito e ter cultura geral. Mas está desculpado/a pois não se tem tempo para isso, por causa da burocracia. Quem erra devia ter a humildade de reconhecer o erro e agradecer a emenda

Anónimo disse...

Sim, que eu nestes dias não tenho tempo para ler nada. A minha escrita, de resto, demonstra bem o quão incapaz eu sou de articular ideias coerentes. Tenho já aqui um objectivo para a minha avaliação: tenho-de-ter-a-humildade-de-reconhecer-os-meus-erros,-quando-eles-me-são-apontados-de-forma-tão-construtiva.

De qualquer maneira, se este é o único erro que considera imperdoável em tudo o que escrevi para trás, então estou muito feliz, porque eu escrevi tudo à primeira, sem emendas ou releituras (oops, palavra inventada). Se calhar [eu] devia ter esperado uns dias e pedido a alguém que fizesse uma revisão dos textos. Vou pensar nisso...

Anónimo disse...

Ai se "houvessem" milagres para as lutas ...para a luta - a malta virava isto. Mas o último milagre foi em 1917. De então para cá...não aparecem - são como as notas de 500 euros.
Vou ouvir o FMI do Zé Mário Branco: " empurra para os da frente, empura para o teu delegado sindical, que o ministro do trabalho trata da saúde ao teu delegado sindical ... empurra para os da frente...empurra para o 25 de Abril, para o 25 de Novembro, para o 11 de Março ...que dia é hoje pá ... esta merda não anda porque a malta não quer que esta merda ande... quer dizer, a culpa é de todos em geral e não é de ninguém em particular" . É mais ou menos assim.

Anónimo disse...

A assinatura do memorando foi, claramente, um erro. Mas quem não erra?
Para mim, a plataforma sindical merece mais um voto de confiança da minha parte.
Vou, definitivamente, no dia 8.