Para não esquecer...

E ALEGRE SE FEZ TRISTE

Estive p'raqui a perder tempo a ouver Manuel Alegre na Sic Notícias, um Alegre eternamente igual... a dizer que este pê-èsse não pode ser -- e logo a seguir louvar Sócrates
[acrescentando que o problema não é de Sócrates, que Sócrates é uma série de qualidades positivas, mas do pê-èsse. Mas que raio de pê-èsse é esse, pergunto eu, senão o pê-èsse de Sócrates?];
a jurar que a verdadeira esquerda não pode ser um pê-èsse assim -- e logo a seguir esclarecer que o seu lugar é no pê-èsse; que o pê-èsse tem que mudar -- e logo a seguir lamentar sem qualquer lamento, constatando apenas, que é impossível fazer debate democrático neste pê-èsse...

...e de repente dei comigo a pensar baixinho "mas eu votei neste gajo para as presidenciais!"...

...mas logo a seguir consolei-me: "eu soube em quem votei. Votei num candidato que apareceu de espingarda de caça ao ombro, meio pê-èsse meio monárquico, meio outra coisa qualquer indefinida... votei num candidato que pensei que pudesse derrotar Sócrates. Mas eu sabia que ele era assim"...

Alegre faz com frequência apelo ao número de votos que teve. Talvez sem se aperceber
[não acho Alegre particularmente esperto]
que é bem provável que nunca mais tenha tal votação
[mesmo que seja candidato pelo Bloco de Esquerda, onde ficaria muito bem -- talvez, quem sabe, como substituto de um autarca que recentemente perdeu a confiança do Bloco].
Digo eu, que votei nele sabendo que era o que é, mas não voltarei a votar...

escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

lourenja.blogspot.com disse...

Diz também que estás arrependido de votares naquele tipo!

Anónimo disse...

Eu nem sei se é a alegria que é triste
Se é a tristeza que é alegre

São os anacronismos da porca da política.

Sim, não, talvez.

As 3 fases de qualquer político que se preze

Ou vice-versa

talvez, não, sim

O aristocrata Alegre não foge à regra.

O rapaz apareceu em Coimbra pelos anos 57.
Era um fidalgote que não ligava à plebe.
Depois veio a guerra do ultramar para uns, colonial para outros e o rapaz com medo de ficar pelo capim africano deu às de Vila Diogo e foi para Argel armar ao pingarelho.
Safava-o o tipo de voz que ainda hoje tem.
E mais não digo!!!