Para não esquecer...

MONIZ, O BENFICA E A IMPRENSA

A notícia seria grave, se fosse novidade, ou se não estivéssemos

(infelizmente)
habituados a isto.

Eduardo Moniz queria ser candidato a presidente do Benfica e os seus patrões esfregavam as mãos de contentes. É que o jornal de sextas, com Manuela Moura Guedes ao leme, incomoda os patrões da TVI, os espanhóis da Prisa.

Já há uns anos, Marcelo Rebelo de Sousa foi afastado da TVI por ter incomodado o governo de Santana Lopes.

O jornal das sextas, de Manuela Moura Guedes, é um jornalismo que não me entusiasma, ainda que uma estação que “bata” no governo seja vista por mim e sempre com alguma simpatia.

O que temos é que estes empresários, que apregoam a independência do Estado, abanam, caninamente, o rabo ao poder. Eles, que apregoam a sua “independência”, põem-se a quatro patas face ao poder político. Sempre foi assim.

Mas a notícia do Expresso tem uma explicação. É que a Prisa, estando cheia de dívidas, precisa de ser livre da TVI e, para isso, conta com o apoio do governo. Mas este já lhe fez saber que, com a família Moniz lá, não é possível contar com o governo. Como se vê, e a crer na notícia, os altos interesses do Estado português passam pelo afastamento de alguém que critica o governo.

Esta tendência de confundir os interesses do Estado com os interesses do governo não é nova. Faz parte da cultura política da nossa Europa, tão democrática e que tão bons exemplos dá ao Mundo.

Entretanto, Ferreira Fernandes, que é governado pelo melhor primeiro-ministro que já conheceu, não perde uma ocasião para mostrar quão agradecido está ao governo.

Isto está lindo.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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