Para não esquecer...

A INSURREIÇÃO ESTÁ AÍ

Anda toda a França bem-pensante aterrorizadíssima, e não pensem que é por causa da gripe dita "suína" - Salvo Seja! A razão de tanto temor é um escrito singelo intitulado "L'insurrection qui vient", editado sem foguetes nem granadas em Março de 2007, e que ultimamente tem sido grande sucesso de livraria.

São 125 páginas paridas naquele tom meio-sério e meio-grave que deixa histéricos os capados
(e as capadas, que también las hay)
do sentido de humor e da fruta necessária para reagir contra quem se mete connosco. Reclama a autoria um "comité invisível", colectivo anónimo que ousa analisar o status quo e incitar os leitores
(discretamente...)
à insurgência.

Sustentam os autores que a extensão e incorporação da economia e de esquemas de controlo em todas as áreas da vida que caracterizam a fase actual do capitalismo, produziram uma espécie de "vida mutilada", cujo modelo mais completo é a cidade-metrópole, espaço pretensamente transparente e lúdico em que por trás das catedrais e lojecas do consumo se perfilam o patrulhamento policial rigoroso e a curiosidade doentia das redes de vídeo-vigilância.

"A insurreição está aí" desencadeou em França uma das maiores operações policiais de sempre, destinada a identificar os autores. Perante o insucesso, o sistema atirou-se ao autor presumido, um certo Julien Coupat, guru de um grupo de miúdos
(e miúdas...)
activistas do protesto contra a energia nuclear. Coupat e oito "cúmplices" foram presos em Novembro de 2008 e acusados de terrorismo, sendo-lhes imputadas sabotagens de linhas do TGV. Oito dos detidos foram libertados rapidamente, e só Coupat ficou um pouco mais de seis meses em prisão preventiva, sendo solto sob fiança no passado mês de Maio.

Para os sócios e clientes do ai-jesus com pachorra para a digestão de textos enfadonhos - mas premonitórios, InchAllah - aqui fica o relambório completo.
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escrito por Ya Allah

4 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Há uns tempos atrás (bastantes?)a referência ao masculino englobava também o feminino e ninguém parecia reparar. Descobriu-se ser uma atitude machista e passou-se igualmente a referir o feminino. Quase sempre em 2ºlugar!!...
É tão-só uma questão formal, na prática. Pelo menos em alguns casos. O importante não são as palavras que traduzem conceitos. O mais importante são as acções.
Portanto, não havia "nexexidade" de destacar o feminino. A não ser propositadamente, para o evidenciar.
Gabriela

Anónimo disse...

Assalamu Aleikum, Lala Gibrila!

Foi mesmo para evidenciar...

Está visto que nestas coisas é-se preso por ter pinto da costa e por não ter: eu a evidenciá-las, e elas a entrincheirarem-se na postura discreta que no meu modesto entender as vem segurando em posição sem destaque - logo sem brilho - desde que as valquírias declararam forfait.

O mal está feito, e agora já não dá para assexuar o texto. Mas prometo-lhe que se a ida a banhos me reconstituir energias, um dia destes esgalharei um (texto) a seu gosto, InchAllah!

Chukran bezzef pelo reparo!

Ya Allah

Anónimo disse...

Traduza se faz favor!
InchAllah também para si.
Se bem leu o que escrevi, eu quis significar que não são as palavras que mudam as coisas, o status quo.
Chukran bezzef para si, seja lá o que isso for. Obrigado, pelo contexto... Será?
Gibrila

Blog del Partido Pirata Argentino disse...

Na web tem um arquivo pdf para descarregar de 65 páginas, é o mesmo?

Aqui tem o endereço.