Vem hoje o Público dizer que ainda ninguém recebeu a devolução de portagens a que tem direito.
Tentarei explicar. Aqui há uns anos, Boaventura Sousa Santos defendeu que os utentes da auto-estrada deveriam ser reeembolsados no caso de haver obras na via que diminuisse a qualidade de serviço. O governo, a muito custo, legislou sobre isso, mas remeteu para portaria ou regulamento as condições em que tal reembolso seria feito. Deve ter ido consultar as concessionárias... E o regulamento veio, manhoso, e estabeleceu duas coisas absolutamente vergonhosas. A primeira era que só haveria reembolso se a via estivesse em obras mais de 10 quilómetros; a segunda, que o utente o requeresse, preenchendo para isso, uma papelada. Claro que esta regulamentação era/é para proteger as concessionárias. Muito dificilmente as reparações se prolongam por mais de 10 quilómetros; e, dificilmente, um utente ocasional vai preencher a papelada para receber uns cêntimos.
Julgo que não era difícil, informaticamente, efectuar essa dedução, mas obrigar o utente a verificar se são 10 quilómetros e depois ainda ir reclamar, garante às concessionárias continuar a não devolver coisa nenhuma. Lembro-me, por exemplo, da entrada do Porto, com obras há meses. Veio agora o Público esclarecer que nem aí há devolução.
Mas que se esperava?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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Mesmo quando os ciganos vendiam alimárias: burros, burras, machos, etc... e punham silvas no rabo do animal ou lhe davam água do cu lavado enganavam o putativo freguês tão bem quanto estes (so)cretinos.
Estes vendedores de banha da cobra nem sabem o que é vergonha desde que as patacas lhes entrem no bolso.
El gitano
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