Para não esquecer...

DESCOBERTAS

Não são muitas as histórias que começam por “era uma vez um ministro”. Para contrariar as estatísticas, que irremediavelmente abortariam a narrativa, não há outro remédio senão meter sua ex.ª no enredo. Era culto
[e ainda é],
aristocrata obstinado, estrela maior de uma constelação que só na Alemanha cintila. Abraçou a pasta da Defesa e a senhora que o contratou, tentando resistir à sua perda, foi declarando que, para o governo, não tinha contratado um cientista, mas um ministro. Mas o que se passa com tão enigmática personagem?

Dá pelo nome de Guttenberg e, fazendo jus a tão distinta figura tutelar, não lhe quis hipotecar a fama: Se o do séc XV encontrou maneira de reproduzir os livros, o “nosso” Zu depressa encontrou astúcia para se fazer doutor em Bayreuth, com 39 anos!

Internautas terroristas, numa batalha sem tréguas, criaram um site a que chamaram Guttenplag, provando que o sr. ministro
[Gutten]
tinha plagiado
[plag]
pelo menos dois terços da sua tese de doutoramento. Iníqua Internet, logo agora que a Sra. Merkel não queria um sábio. Consultadas algumas sociedades secretas, todas foram unânimes em declarar que, em Portugal, qualquer ministro, mesmo o primeiro, perante idêntica situação, cairia pelo efeito da mesma lei da gravidade. Eu que não sou crédulo, ainda acredito.

escrito por Jerónimo Costa

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