Para não esquecer...

CINZAS DE ABRIL


Gostava de deixar claras três coisas.

Sou um ignorante em crítica literária, nem a quero fazer. Acho que isso já é público e notório. Em segundo lugar, não tenho o “golpe de asa” e a sensibilidade que me permitam fazer uma referência minimamente interessante. E, por fim, conheço o autor, andaluz de Huelva. Dito isto, aqui vai.

Cinzas de Abril retrata algum tempo antes e depois do 25 de Abril. A história passa-se em Luanda, Lisboa e Paris. Retrata a vida portuguesa nestes anos e circula em volta de dois agentes da PIDE/DGS e três jovens entre Lisboa, Luanda e Paris. Sofia, uma espécie de filha rebelde de um PIDE, é o fio condutor que nos leva de Paris a Lisboa, de Lisboa a Luanda.

O autor conhece melhor Lisboa que a maioria dos portugueses e dos seus hábitos. O autor não comete erros históricos e pretende fazer uma homenagem ao povo português. Para mim, o melhor livro sobre a envolvência social em Portugal aquando do 25 de Abril.

Há referências a Tavira que gostei de ver. Aqui um dos pides abre uma livraria depois do 25 de Abril.

É um livro interessante e uma bonita homenagem a Portugal e aos portugueses. É de ler. O autor, Manuel Moya, é ensaísta, poeta, novelista e tradutor. É dele a tradução para castelhano do Livro do Desassossego.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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