Para não esquecer...

O FUTURO É COMUNISTA... OU NADA

O título parece provocação, depois de tantas certidões de óbito passadas sobre o comunismo, mas vou tentar explicar.

Hoje não parece haver dúvidas em relação à finitude dos meios de subsistência, em particular da água, a degradação do meio ambiente, as alterações climatéricas

(apesar de Trump, Bolsonaro e aliados), 
a poluição, o aumento exponencial da população mundial, etc. E, apesar de muitos reclamarem menos Estado e melhor Estado, o que é certo é que, cada vez mais, o Estado mais interfere sobre o comportamento humano. Desde as beatas, ao cuspir, ao fumar em locais públicos (com tendência para se alargar ao espaço privado), o lavar o carro na rua, as licenças para construir e onde, as proibições são muitas e cobrem toda a atividade humana. Ao contrário de menos Estado, temos cada vez mais Estado.

E poderia ser diferente? Acho que não. Todos, mais ou menos, concordamos com a maioria destas decisões do governo que visam, ou a saúde pública, ou a preservação do ambiente.

É natural que, muito em breve, a utilização da água, por exemplo, esteja sujeita a um controlo apertado, pois se trata de um dos bens mais escassos e preciosos para a humanidade.

Esta situação leva necessariamente a uma intervenção cada vez maior na atividade humana.

A minha ideia é que vamos ter mais Estado e maior controlo à atividade humana em todos os aspetos da nossa vida. Deixemo-nos de tretas. Isto vai acabar por termos de nos conformar por esse controlo apertado, sob pena de não sobrevivermos como espécie. O controlo do acesso aos bens da vida, segundo as nossas necessidades e segundo as disponibilidades, de forma a todos podermos aceder aos bens escassos, forçar-nos-á a um controlo cada vez mais apertado sobre a nossa atividade. Se tal não for feito, podemos acabar como espécie e arrastarmos todos os seres vivos.

De qualquer forma, tal como aparecemos como espécie, julgo que vamos acabar também. Se queremos sobreviver durante algum tempo mais, há que dosear os bens disponíveis. Não há alternativa.

escrito por Carlos M. E. Lopes

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