120
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele de alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando a às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
[Camões, Luís de. Lusíadas, Canto III, estrofe 120, edição organizada por António José Saraiva, Livraria Figueirinhas, Porto, 1978(?), pág. 177]
escrito por Carlos M. E. Lopes
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