Para não esquecer...

MANTER OS ECLESIÁSTICOS NAS SUAS RESERVAS

A Agência Ecclesia noticia que, finalmente, o Parlamento da República discutiu esta Quarta-feira duas propostas relacionadas com o novo regime jurídico do divórcio. A petição n.º 501/X/3.ª, da responsabilidade do Movimento "Cidadania, família e Casamento", solicita que a Assembleia da República "legisle no sentido da dignificação da cidadania, da família e do casamento e recue no processo" que levou à promulgação da nova lei do divórcio, em Outubro de 2008. No Ai Jesus! há vários textos sobre o divórcio; não lhes quero acrescentar senão estas duas ideias:
  • é importante rejeitar as pretensões da Igreja Católica
    [ou de qualquer outra confissão religiosa ou de qualquer movimento de carácter religioso]
    de querer impor a toda a sociedade as suas próprias concepções. Não sou contra o acompanhamento da "execução" das leis, no sentido de analisar as suas possíveis perversidades; sou é contra afirmações do género de
    "Destruir o Casamento e a Família é sempre uma destruição da Sociedade e do Homem",
    se se pretende traduzir isso em lei(s). É uma tolice retirar da "facilitação" do divórcio a ideia de que assim se destrói o casamento, a família, a sociedade, o Homem
    [Santo Deus!...];
  • é importante realçar a ideia de que o que mantém o casamento não é a lei, mas os sentimentos. Forçar a sua continuidade através da lei é uma outra tolice, que só aos eclesiásticos celibatários
    [e quejandos, mesmo não celibatários]
    lembrará. Recuso qualquer lei que não permita aos católicos, que assim o entenderem, manter uma relação sentimentalmente morta; não admito que esses católicos queiram obrigar os restantes no sentido contrário.

    É altura de manter os eclesiásticos nas suas reservas: as igrejas.
escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

alberto disse...

Sou agnóstico e tal como o biólogo inglês Thomas Huxley,( fins do séc xix) acredito que “a questão da existência ou não de um poder superior (Deus) não foi nem nunca será resolvida.” Nao tenho nada contra as religiões que cada um escolha , mas sim contra os seus excessos, censuras, guerras e agora as suas intromissões, na politica, na sociedade,como é o caso presente. Cocordo consigo: os eclesiásticos mantenam-se nas suas igrejas

Anónimo disse...

A historia da humanidade avança devagar, mas avança...finais do seculo XIX luta-se pela igualdade de direitos entre sexos, em principios do seculo XXI mistura religião ou religiões com a vida de cada um como se ser religioso não fosse uma opção. Que se saiba não se obriga nenhum católico a divorciar-se...A lei do divórsio deve ser analisada à luz dos direitos humanos, à luz dos direitos civicos...nunca do que cada religião espera, propõe aos seus praticantes.....