[do Entrudo]
[o Ai Jesus! já aqui divulgou o Carnaval de Laza e o seu personagem-rei: o Peliqueiro].
escrito por Adriana Santos LEIA O RESTANTE >>
[do Entrudo]
[o Ai Jesus! já aqui divulgou o Carnaval de Laza e o seu personagem-rei: o Peliqueiro].
Laza é uma pequena aldeia espanhola. Do município galego com o mesmo nome. Da Província de Ourense.
Em Laza encontrei o Entrudo no seu estado mais puro. Nos dias de Carnaval o vale de Laza é um caos de jornalistas, antropólogos, curiosos... atraídos por manifestações onde se misturam tradições antigas, místicas, pagãs. Na manhã de segunda-feira tem lugar uma batalha curiosa: as munições são farinha, água e formigas vivas. Na terça-feira, lê-se o satírico "Testamento do Burro": é uma composição literária popular através da qual o testamenteiro transmite o sentir de toda a comunidade, narrando a história de um povo durante um ano, transformada em crítica dos factos mais relevantes desse ano.
O rei de todos os personagens carnavalescos (de que se destacam as formigas) é indiscutivelmente o peliqueiro. Os peliqueiros ocupam as ruas no Domingo de Carnaval, exibindo máscaras sorridentes e trajes exóticos, brandindo paus e agitando os badalos barulhentos que trazem amarrados à cintura. Podem atirar-se aos espectadores, sem que estes possam retaliar.
Cando eu era un cativo[pode interessar-lhe também Os vídeos do Carnaval] [verbete anterior do Dizcionário]
o carón do calor dun braseiro
contoume o meu avó
historias do peliqueiro.
Historias que eran certo
e que a el lle tocaron vivir
como cando prohibiron o entroido
despois da guerra civil.
Dicía meu avó
cheo de orgullo e raza
que co único que non poideron
foi co entroido de Laza.
Tamém me contou
que cando el era mozo
por poñer o Peliqueiro
foi dormir o calabozo.
E ia a correr pro monte
porque na Picota non podía estar
pois se o vían os guardias
podiano multar.
Andaban escapando
pra onde non os puideran ver
pero en Laza o Entroido
nunca se deixou de facer.
Cos ollos cheos de bágoas
e na cara un sorriso tristeiro
lembrábase o pobre vello
de cando el era PELIQUEIRO.
O Senhor Silva não quis dar Cavaco aos resultados arqueológicos, encontrados por um veterano jornalista do Público, sobre um conhecido artista. Por sua vez, o projectista considera que lhe andam a vasculhar a vidinha e se antes tinha um problema com a ética, agora, quanto mais não seja, também a estética lhe inferniza os dias
[se tivesse consciência, até as noites seriam uma tortura!].Resta que a política lhe dê um encontrão; ele viveria melhor e nós, pior não haveríamos de ficar.
[só?],tantos quantos os “cantos” dos Lusíadas, lembram-se?
Em época carnavalesca, o Presidente da República entende que se deve "deixar os portugueses descomprimirem, estarem tranquilos", e não comentar as notícias sobre Sócrates. "É bom que tenhamos agora quatro dias em que não se fala de política, para os portugueses não pensarem nisso e os próprios políticos poderem gozar com tranquilidade.»escrito por Jerónimo Costa LEIA O RESTANTE >>
Vejo a brasileira Revista da Semana de 4 de Fevereiro e surpreende-me o destaque de capa: 5 dietas de Verão... em Fevereiro?!...
Esqueci-me, de repente, de que no Brasil é, de facto, Verão. E é disso igualmente que se esquecem os responsáveis pelos Carnavais portugueses actuais, quando abundantemente os vestem de mulheres despidas. Copiam o Carnaval brasileiro, até na estação do ano
[que, ao contrário da brasileira, em Portugal pede roupa vestida].Era homem para alinhar em manifestações que exigissem o regresso das tradições carnavalescas portuguesas
[mesmo correndo o risco de a ASAE cancelar algumas delas exigindo o seu empacotamento em plástico asséptico].Também neste domínio, há tradições rurais em risco de desaparecimento da própria memória dos vivos.
Sou brasileira e moro no Rio de Janeiro. Conheci os caretos por meio das fotos da Adriana Marques. Curiosa, pesquisei na internet a respeito, para conhecer um pouquinho da história dessa tradição. Achei muito interessante.Resguardadas as diferenças de indumentária e cultura, ao vê-los nas fotos, a memória me levou até os carnavais da minha infância. Lembrei da fantasia de clóvis, popularmente conhecida como “bate-bola”, característica dos bairros do subúrbio carioca.
A fantasia se assemelhava bastante com a roupa dos palhaços, mas as máscaras costumavam ser assustadoras. Os bate-bolas andavam em grandes grupos pelas ruas, batendo suas bexigas de boi no chão. Muitos aproveitavam a ocasião para batê-las também nos passantes. Como todas as crianças, eu morria de medo de encontrá-los no meu caminho, sem a presença dos adultos. Para mim, era a porção assustadora do Carnaval.
Com o tempo, os acessórios foram sendo modificados. A bola foi substituída por artigos como o leque e a sombrinha. Com o enfraquecimento do Carnaval de rua, que somente agora está sendo revitalizado na cidade, a fantasia foi se tornando rara.
As fotos da Adriana despertaram essas lembranças. Hoje, risonhas.
escrito por Ana Jácomo [foto dos "bate-bola bons" rapinada do sítio de Hanny Galvão]
Hoje fui comprar o jornal debaixo dos arcos em Tavira. Fui pela Rua Alexandre Herculano e, no seu termo, deparei com o trio de músicos de Leste a tocar no local habitual. Com uma particularidade: à sua frente, um grupo de espanhóis
(mais espanholas)dançava e cantava alegremente e com o ruído habitual. Como sempre, Tavira não deu por isso, recolhida em casa, naquele estar discreto e manhoso que lhe é habitual.